Foto: Divulgação/CBB
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André Stefanelli Martins. Mas, pode chamar de Dedé. O Basquete 3×3 ganhou um reforço de peso nos últimos dois anos. E o desempenho na nova modalidade olímpica deu ao jogador de 36 anos uma chance no grupo de oito jogadores que buscam um lugar entre os quatro que disputarão o Pré-olímpico masculino, em Graz, na Áustria, entre 26 a 30 de maio, de olho em uma vaga na Olimpíada.

Dedé tem uma extensa carreira no Basquete 5×5. Por duas vezes foi vice-campeão da Liga Nacional de Basquete (LNB) e pela Seleção Brasileira foi vice-campeão Sul-americano Sub-21 em 2004. Passou pelo EC Banespa, EC Sírio, Uniara/Araraquara, Franca Basquete, CA Paulistano, São José Basketball, Rio Claro Basquete e CR Vasco da Gama. Pela Seleção de 5×5 fez 16 partidas oficiais.

Desde 2019, também passou a jogar o Basquete 3×3, estando ranqueado no sistema da Federação Internacional de Basketball (FIBA). O jogador, inclusive, defendeu o Rio de Janeiro 3×3 em uma etapa do World Tour da FIBA. Agora, na Seleção 3×3 vislumbra a chance de disputar uma Olimpíada, algo que seria inesquecível em sua trajetória.

“O vislumbrar de uma Olimpíada é um marco para a carreira de qualquer atleta, jogador. E sim, seria muito gratificante. A etapa é dura, o caminho a gente sabe que não será fácil. Mas a preparação e a mente estão direcionadas para irmos nesse sentido”, explica Dedé.

Com dois anos de Basquete 3×3, Dedé não se vê atrás dos companheiros. E explica isso de forma simples. Tudo é basquete. Claro, com diferenças, mas no fim, com fundamentos muito parecidos.

“É basquete. Claro, tem regras diferentes, pontuação diferente, mas em um todo é basquete. Você precisa se atentar a detalhes importantes do jogo em si. Os caminhos são diferentes, mas está sendo uma adaptação, ainda está. O aprendizado é constante. Não acho que saio muito atrás. Eu tenho outros atributos do tempo de carreira. Da minha experiência, de ter jogado várias partidas internacionais. É uma adaptação aos detalhes, que precisamos estar atentos durante o jogo. Está todo mundo no mesmo nível e excelente nível. Todo mundo jogando muito bem”, diz Dedé.

Treinando desde o último dia 09 com o Brasil na EsEFEx, no Rio de Janeiro (RJ), Dedé se vê pronto para buscar um lugar entre os quatro jogadores que vão para o Pré-olímpico e elogiou a intensidade dos treinos.

“Os treinos estão puxados, intensidade e todo mundo focado. E treinando firme demais. Nunca deixei o basquete de lado. Estará em mim até o fim da minha vida. É uma continuidade. Um novo capítulo da minha vida”, relatou.

Os treinos acontecem até o dia 18 de abril, no Rio de Janeiro (RJ). A lista conta com Jefferson Socas, William Weihermann, Leandro de Souza Lima, André Tadeu de Oliveira Ferros, Jonatas Julio de Mello, Luiz Felipe de Paulo Silva, André Stefanelli e Fabrício Veríssimo.

Ao fim da primeira fase de treinos, no domingo (18 de abril), o treinador Douglas Lorite fará dois cortes e definirá o time que jogará a competição. A segunda fase de treinamentos ocorre de 10 a 22 de maio e terá então seis atletas em treinamento. Quatro vão viajar para o Pré-olímpico na Áustria e os outros dois ficam como reservas imediatos na lista enviada para a FIBA e podem ser acionados.

O Brasil joga a primeira fase no mesmo grupo que Mongólia, Polônia, Turquia e República Tcheca. Outras três chaves contam com cinco países cada. Os dois melhores de cada uma delas avançam para o ‘mata-mata’ e os três times que forem ao pódio terão sua vaga nos Jogos Olímpicos.