A falta de energia que Aleksandar Petrovic tanto lamentou após a dolorosa derrota para a República Tcheca não poderá faltar nesta segunda-feira (09 de setembro), a partir das 09h30 (horário de Brasília), quando a Seleção Brasileira entrará em quadra para jogar todas as suas fichas na Copa do Mundo da FIBA, que está sendo disputada na China. Com três vitórias e uma derrota no Grupo H, o Brasil precisa fazer sua parte e ganhar dos Estados Unidos para seguir vivo na competição. O problema é que um simples resultado positivo diante dos norte-americanos só será suficiente para carimbar a vaga nas quartas de final caso a Grécia derrote o time tcheco na primeira partida do dia, às 05h30 (de Brasília). Em caso de vitória da República Tcheca, a Seleção só ficará entre as oito melhores do mundo se bater a equipe de Gregg Popovich por 22 pontos de diferença.

Titular nos últimos dois jogos e principal pontuador da Seleção Brasileira na derrota contra os tchecos, Vitor Benite mostrou a serenidade de sempre ao apontar as lições tiradas da fraca atuação de sábado. Mesmo sem citar a excelente atuação diante da Grécia, na segunda partida da fase de grupos, o ala deixou claro que o grupo precisa trabalhar o lado mental para saber equilibrar os altos e baixos vividos numa competição rápida e dinâmica como a Copa do Mundo.

“A pancada que a República Tcheca nos deu nos mostrou uma realidade na qual não podemos acumular emoções demais depois de cada partida. Eles foram superiores ofensivamente e defensivamente e mereceram a vitória. Só que do mesmo jeito que não podemos comemorar muito quando estamos bem, não podemos abaixar a cabeça após uma derrota como essa. Só dependemos de nós contra os Estados Unidos. Agora é hora de muito foco, ter os pés no chão, trabalhar muito e nos concentrar porque os Estados Unidos já mostraram que não são imbatíveis. Mas para vencer teremos que mudar nossa mentalidade, contra os tchecos não fomos o Brasil que vínhamos sendo”, analisou Vitor Benite.

Embora não tenha participado daquela dolorosa eliminação diante dos sérvios, em Madri, o ala do San Pablo Burgos sabe que cada partida tem o seu roteiro e só existe uma maneira de esquecer a frustração de ter deixado escapar a chance de garantir uma vaga por antecipação às quartas de final da Copa do Mundo da China.

“Da mesma maneira que se perde de 22 pontos um jogo, pode se perder de um ou se ganhar de 20, só que a cabeça tem que estar tranquila. Não podemos achar que esse é o Brasil, nós já mostramos nessa Copa do Mundo que temos potencial para irmos longe. Esse é o momento de nos unirmos, são nos momentos difíceis que um time tem que se fechar e mostrar confiança. Temos que esquecer a República Tcheca e dar tudo contra os Estados Unidos”, afirmou o camisa 8 da Seleção.

Com quatro Mundiais nas costas, brilho na Europa e passagem pela NBA (liga profissional norte-americana), Marcelinho Huertas faz coro às palavras de Benite e mira todas as suas atenções para os Estados Unidos. Experiente o suficiente para deixar a derrota para a República Tcheca no passado, o capitão da Seleção Brasileira quer tirar proveito de os adversários não contarem com sua força máxima e de terem passado por alguns sustos até aqui.

“Será um jogo completamente diferente. Temos que esquecer o quanto antes a derrota para a República Tcheca, trabalhar para não repetir os mesmos erros e entrar para ganhar. A realidade do basquete americano é outra, eles não vieram com o time principal e talvez possam sentir a falta de alguns líderes, temos que tentar tirar alguma vantagem disso. Eles sofreram em alguns jogos da preparação, ganharam da Turquia num verdadeiro milagre e temos que ir para cima deles confiantes em conquistar uma vitória e nossa classificação”, finalizou Huertas.