Brasil vai jogar na sede de Riga, na Letônia

O técnico Gustavo De Conti faz uma análise do grupo no Pré-olímpico 2024, que pode garantir a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos 2024. O Brasil joga, de 02 a 07 de julho de 2024, inicialmente contra Camarões e Montenegro. Depois, se ficar entre os dois primeiros enfrenta duas nações que integram outro minigrupo da sede letã de Riga, que conta com a anfitriã Letônia, Geórgia e Filipinas.

“Não tem muito o que escolher nesse sorteio. Todos vocês acompanham. Sabem a dificuldade que temos de jogar contra seleções europeias. Todos têm essa dificuldade na verdade, como Estados Unidos e Canadá. Não vejo o Brasil como favorito, é a Letônia, que fez uma grande Copa do Mundo. Mas vejo a gente competitivo e com chances. Não é um bicho papão. Estamos próximos. Algumas seleções um pouco abaixo, outra mais acima. É um Pré-Olímpico ‘ganhável’”, comenta de Conti, que sabe que o time letão vem forte.

Foto: FIBA

“A falta do Porzings na Copa do Mundo e a campanha, mostra que é muito mais que um grande jogador. E dependendo, esse grande jogador pode até atrapalhar a equipe. Lembro da Grécia com o Antetokounmpo. É muito diferente da NBA, onde o jogo é mais centrado num atleta. Se eles tiverem o acréscimo desse grande jogador, claro, fica muito mais complicado de se ganhar de uma equipe dessas. Geórgia, Letônia e Montenegro tem o jogo coletivo como característica”, acrescenta o treinador do selecionado nacional.

Com relação à convocação, De Conti destacou que a ideia é ter uma equipe forte. “Vamos convocar sempre os melhores, quem pudermos convocar. Estejam eles onde estiverem. Claro, temos uma base. Já estou há dois anos na Seleção, já criamos uma identidade, um caráter para o time. Conta muito a análise dos adversários. Vamos montar a melhor Seleção possível”, explica.

O técnico brasileiro fez uma análise dos adversários:

Camarões: “ainda não conseguimos mapear ainda. Acompanhamos há algum tempo para um possível encontro, em Mundial, etc. Essa de Camarões é mais difícil, até pela organização interna. Alguns garotos nos EUA, Canadá, Universidades, alguns na Europa, Rússia, mas temos que esperar um pouco mais para ver como virão”.

Montenegro: “Vucevic e outros caras, um americano naturalizado, que jogou bem o Mundial, tem um atleta com o Yago no Estrela Vermelha. O forte é o grupo, e tem pivôs muito bons que podem desequilibrar”.

Geórgia: “é parecida com Montenegro, na forma de jogar. Tem dois caras mais conhecidos, que foram muito bem no Mundial, perdeu para três grandes Seleções. É uma Seleção coletivamente muito forte”.

Letônia: “está muito claro, é, na minha cabeça, o grande favorito da chave, por jogar em casa e pela Copa do Mundo que fez. Perdeu o armador principal, com uma lesão, mas sem o Porzings e outros atletas que se machucaram, e formam um grande time”.

Filipinas: “é um pouco mais parecida com Camarões e está do outro lado. Importante é dizer que podemos competir. Estamos no nível dessas Seleções”.

“O Brasil é tão competitivo que ele não tem chance de ganhar só um jogo da Letônia, se fosse um playoff, poderíamos vencer. Não seria nenhuma zebra o Brasil vencer o Pré-olímpico”, finalizou Gustavo de Conti.