por Marcel de Souza

Marcel de Souza
Marcel de Souza

Van Exel: Magic Johnson um dia decidiu ser técnico. Vendeu suas ações no Lakers e abraçou a fisiológica e inservil carreira, onde só os fisiológicos e servis têm chance. Alguma coisa parecida com a romântica comédia Dantesca de antanho.

Ai, Beatriz! Fosses ainda mais fria e insensível, terias chances na carreira! Apenas destroçar o coração de um poeta não lhe garante lugar algum ao lado da quadra! Magic não durou muito. Tragado pela incapacidade de um jogador “normal” entender algo mais além do que ele acredita que sabe.

Inconformado pela ausência de capacidade volitiva de seus comandados em aprender algo que poderia ser diferente e mudar seu modo de se ver e jogar o jogo.

Mais que isso, Johnson percebeu que não só seus jogadores, bem como os adversários “bailavam uma dança já ensaiada” (as aspas são dele), como numa peça de teatro que se repetia em poucos atos e com poucos cacos durante toda a temporada.

Ao final, sobravam sempre os mesmos, os que detinham outro conhecimento do jogo e teimavam em não mudá-lo. A massa ignara, no entanto, só sabia gritar: “eu quero piquenrol!”

Earving recomprou suas ações e foi ser comentarista de TV. Pelo menos se divertia.

CHIQUITITO CURRY
Mais o vejo jogar, mais me interesso em saber como ele fica livre para o arremesso sair tão rápido e facilmente. A parte que tudo no basquete é treino e o pequeno Chiquitito treina muito e muito mais que os outros, Curry desenvolveu uma espécie de magia, que paralisa o seu adversário direto e sua cobertura.

Lá vem Chiquitito pela esquerda, logo após a metade do campo e… já chutou e…já encestou…

Olha lá ele de novo! Dessa vez pela direita, dois ou três dribles bem medidos e… todo mundo parou… dpj molinho. Agora, Chiquitito saiu do corta-luz e pegou a bola… sua equipe vai para o outro lado e o isola… Curry se mexe prá lá e prá cá e… o adversário parece que saiu da frente dele, gente! Bandeja fácil…

Sei não, mas prá mim isso é hipnotizar o time adversário…

COLOMBIANA DE AVIACIÒN
Sem dúvida alguma são grandes notícias para o basquete brasileiro.

A LNB costurou dois acordos de importância fundamental para a continuidade de crescimento do esporte. A atual gestão da Liga, leia-se João Fernando Rossi, está demonstrando um poder de fogo jamais visto por esses lados.

Fechados os acordos com a Avianca para a logística das equipes e também com a Caixa para um suporte de gestão de primeiro mundo, resta ao nosso basquete decolar definitivamente não só dentro da quadra (onde já domina o continente) como fora dela.

Esse é um grande passo para que o NBB volte ainda melhor e mais movimentado nos sentidos financeiro e técnico após as Olimpíadas.

Parabéns!

FALA, BIGODE!
Não dá prá deixar passar, né!

A gente quer deixar o bigodon em paz, para que ele faça as suas análises e planeje com calma e tranquilidade a nossa temporada olímpica, mas a gente não aguenta. Também, o bigode, vou te contar, viu?!

Outra dia ele estava preocupado com o “Marsselo, porque el nostro capitan tiene que jugar màs e asì non se puede… solamente dos minutitos… tengo mucha confiança, però hay que jugar…”

Daí a galerinha antenada em números, que só quer saber de números, que se justifica com números e fala só de números e sabe quem tem e quem não tem só com números, ufa!

Pois bem, essa galera já começou a fazer onda: “porque o Huertas joga somente 2,34 minutos por jogo com 1,16 arremessos certos, 2,48 tentados , 2,12 assistências e 0,8 faltas, enfim não está bom porque os números precisam estar melhores…” e por aí vai.

Eu, no entanto, acredito fortemente que ninguém se esquece como se joga.

Principalmente quem sabe quando fazer as coisas do jogo, como o Huertas.

Sim, os números podem mostrar quanto e como são feitas as coisas do jogo, mas nunca mostrarão quando elas foram feitas.

Ah tá! Bobão! Não tem o play by play? Então! É só ver o quando lá!

Nem vou comentar. Fica muito rasa a conversa.

Só vou afirmar que, no momento, na posição, por aqui ainda não tem ninguém como o Huertas.

Aos pouquinhos ele conquista o que está guardado prá ele lá no Lakers e aqui no Rio.

Pode ficar tranquilo, Bigode!