Este trabalho irá continuar até o fim da pandemia

Imagem: Divulgação/CBB
Imagem: Divulgação/CBB

Em um momento de pandemia mundial, o basquete está longe das quadras, mas o conhecimento não para. Desde o começo da quarentena por conta da COVID-19, o Departamento de Arbitragem da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), através do coordenador Vander Lobosco Jr, tem organizado uma série de atividades e palestras através da inovadora plataforma interna que dá às Federações Estaduais o acesso aos conteúdos em vídeo, ao vivo ou não, fotos, textos e outros materiais. Desta forma, os 26 estados mais o Distrito Federal recebem o mesmo material balizador, proporcionando conhecimento igual a todos.

O projeto começou no dia 17 de abril, com videoconferências contando com a colaboração de cada palestrante, que ao longo do projeto doam seu tempo para o basquete nacional. O trabalho é voltado para os oficiais de cada Federação que também fazem parte da Liga de Basquete Feminino (LBF) e do Novo Basquete Brasil (NBB). Até o último dia 27, foram 23 videoconferências e outras sete estão agendadas até o dia 11 de junho. O trabalho irá continuar até o fim da pandemia.

“Queria agradecer a Confederação Brasileira de Basketball, em nome do Vander, pelo convite para participar das palestras. Falei de controle de jogo. É um momento ímpar. São muitas informações nessas palestras, de vários aspectos do jogo. É de suma importância, principalmente para a garotada nova que está buscando o seu espaço. Essa troca de experiência com os mais antigos. Foram muito boas para aprimorar a parte teórica. Meus parabéns para a CBB pela iniciativa. Uma coisa nova, um pioneirismo. E muito útil para todos”, citou o árbitro internacional Cristiano Maranho.

Além das videoconferências, o Departamento de Arbitragem da CBB participou de mais 10 ações para outras instituições voltadas ao Ensino à Distância, com Federações Nacionais e Internacionais que convidaram a CBB para falar dos mais diversos temas. Outras sete vídeo-aulas já estão agendadas.

“Os temas abordados até o momento foram direcionados ao jogo, tais como: pré-partida, controle de jogo, linguagem não-corporal, momentos de tomadas de decisão, perfil de um oficial na visão de um coordenador de arbitragem. Nessa semana, falaremos sobre preparação física e na outra semana teremos profissionais falando sobre protocolos de oficiais de mesa, arbitragem 3×3 e arbitragem de basquete em cadeira de rodas na semana posterior”, explicou Vander Lobosco Jr.

“O melhor para mim dessa iniciativa: as perguntas, poder conhecer as pessoas, poder clarear ideias, seguir diferentes estratégias e pontos de vista para a minha caixa de ferramentas. Poder escutar todos os outros companheiros da elite falando e participando. A tecnologia nos aproximou”, disse Jose Anibal Carrion, instrutor em Porto Rico.

Média alta
Até aqui, a média de participação por videoconferência chega a 180 pessoas por aula. A intenção é que os oficiais recebam treinamento teórico de profissionais que, por orçamento ou agenda, seriam inviáveis de se ouvir no modelo presencial. Nas atividades fora das videoconferências da CBB, a média chega a 1.200 pessoas. O objetivo é fazer com que o oficial saia melhor capacitado no final do confinamento, com temas de crescimento pessoal, e para isso os palestrantes recebem o tema e desenvolvem suas visões e experiências para que os oficiais possam ter melhor preparação para quando forem colocar em prática.

“Com as vídeo-aulas realizadas e as que estão agendadas, acreditamos que passaremos de 10 mil capacitações entre o projeto da CBB e os convites recebidos nesse período. É muito legal ver a LNB e a LBF fazendo atividades com os árbitros também, seguindo uma mesma linha de desenvolvimento. A LNB trabalhou com quizz e vídeos para os 40 árbitros do NBB, trocando assuntos diversos de situações específicas. A LBF fez três vídeo-aulas com psicologia, preparação física e abordagem do jogo propriamente dita”, citou Vander.

O Instrutor Enaldo Batista também tem palestrando a convite de outras Federações Nacionais, fazendo com que a rede de suporte da CBB seja ainda maior.

“Tenho participado diariamente das atividades nas videoconferências, foram oito reuniões com a Federação Catarinense, seis reuniões com a Federação do Rio de Janeiro, duas apresentações ministradas no ciclo de palestras da CBB e participação em todas, uma apresentação para a Federação Pernambucana, várias reuniões do Conselho de Regras criado recentemente, reuniões com os Coordenadores de Arbitragem de todas as federações para criação das Plataformas de ensino, enfim estamos conseguindo criar uma cultura de participação de todos os oficiais, oportunizando o conhecimento e com isso o desenvolvimento da carreira. E sinceramente, espero que esse processo continue após esse período que estamos passando”, finalizou Enaldo.