Cestinha da partida salienta importância das vitórias em casa

Quando a Confederação Brasileira de Basketball (CBB) estava suspensa pela Federação Internacional de Basketball (FIBA), devido a gestão temerária do antigo presidente, todos os setores do basquete nacional estavam estancados; com a arbitragem não foi diferente. Mas, desde que o ex-jogador Guy Peixoto Jr assumiu a presidência da entidade, com muito esforço e uma demonstração clara e objetiva de boa governança, aliada ao empenho de sua equipe de trabalho, a atual gestão conseguiu suspender a sanção que fora imposta ao basquete brasileiro.

Com esse panorama, a arbitragem brasileira voltou a participar e a se destacar em competições internacionais. Prova disso, é que recentemente Cristiano Maranho foi um dos árbitros na decisão da Copa do Mundo Adulta Masculina na China e também nos Jogos Pan-americanos de Lima, enquanto Andreia Silva esteve na grande final da Copa América Feminina, disputada em Porto Rico.

Para Vander Lobosco Jr, coordenador de arbitragem da Confederação Brasileira, Cristiano Maranho tem feito um belo trabalho, por isso, tem se mantido entre principais nomes da arbitragem internacional; já Andreia Silva vem crescendo a cada competição. “Para CBB é uma grande satisfação ter os árbitros do seu quadro, que estão a nível internacional, nos representando nas competições internacionais e um grande orgulho em tê-los atuando nos jogos finais. Sempre digo que sou suspeito de falar do Cristiano Maranho por admirar o trabalho dele há muito tempo, pois é um árbitro que se prepara constantemente na parte física, teórica e técnica, além de ter um dom natural na administração do jogo”, explicou.

“Nas últimas competições internacionais ele vem sempre atuando nos jogos finais como árbitro principal, o que demonstra o resultado do seu trabalho perante a FIBA. Ao apitar a decisão da medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de Lima, Maranho conquistou a marca de ter atuando em todas as finais das grandes competições da Federação Internacional. Já na Copa do Mundo fez por merecer a escala na decisão”, acrescentou Lobosco Jr.

“A Andreia vem se superando a cada competição por cada vez mais ganhar espaço entre os árbitros de elite por entender que na competitividade normal de ser árbitro o desafio não é somente com universo feminino, mas com o masculino também. Por isso, se destaca nos jogos e nas competições”, complementou Vander.

Para Maranho, voltar a arbitrar uma decisão de competição de alto nível é sempre muito mais difícil. “Você ir para um Campeonato Mundial não é tão difícil, mas voltar, é sim muito difícil, se mantendo no topo. Em 2010, fiz a minha primeira final de Mundial e agora, apesar da idade, que muitos comentam, com 45 anos eu consegui apitar esta decisão, por isso, teve um sabor ainda mais especial, pois terei só mais cinco anos de carreira na FIBA”, relatou.

“Isso demonstra que ainda consigo apitar em alto nível, mesmo com a minha idade, o que não fácil, pois tem muita garotada nova chegando, sem falar que todos querem estar na decisão, os 56 árbitros que estavam lá queriam estar na grande final. Não é fácil, tem muito esforço que as pessoas não sabem, tais como: treinos exaustivos, estudos, tempo longe da família e emendar temporada atrás de temporada sem descanso”, completou Cristiano.

Já Andreia Silva, se sentiu recompensada pelo esforço e dedicação nos treinamentos preparatórios. “Fiquei extremamente feliz, pois trabalhei firme e duro para estar na final, tivemos o teste físico, com a preparação física muito pesada, a maior que já fiz nesse sentido nos meus 19 anos de arbitragem. Foi uma competição bastante puxada e quando saiu a escala para a decisão dos Jogos Pan-americanos, a alegria não cabia dentro de mim, com o sentimento de satisfação, pelo dever cumprido, de cada momento de dor ter sido válido, pois me preparei bastante e treinei muito forte”, descreveu.

“É muito bom representar o meu país e saber que estou fazendo o meu melhor. Mas, se não estivesse na decisão, também seria muito gratificante, porque o importante na FIBA, não é somente fazer uma final, uma vez que não adianta você ir para uma competição, apitar a decisão e nunca mais voltar; o importante na família da Federação Internacional é ser sempre convocada e ter a possibilidade e oportunidade de representar o Brasil e o continente em todos os cantos do mundo. Mas, não posso negar a alegria de estar na decisão, pois fiquei muito feliz e mais motivada ainda para seguir trabalhando, buscando sempre novas conquistas”, complementou Andreia.

O coordenador de arbitragem da CBB sabe que a presença de árbitros brasileiros em finais das grandes competições da FIBA, ajuda a motivar os oficiais que estão iniciando. “Quero, em nome do departamento de arbitragem da CBB, parabenizar esses dois árbitros, Cristiano e Andreia, que nos representaram nos jogos finais com excelência em seus trabalhos, não só nas decisões, mas durante a competição. Que eles possam por muito tempo seguir sendo exemplo para os árbitros iniciantes”, finalizou Vander Lobosco Jr.

Foto: FIBA