As Finais do Novo Basquete Brasil (NBB CAIXA) – 2017/2018 começaram com uma partida empolgante. Agora, o Paulistano/Corpore e o Mogi das Cruzes/Helbor medirão força mais uma vez pelo Jogo 02 da série melhor-de-cinco do playoff – final. A bola sobe nesta quinta-feira (24 de maio), às 19h30 (de Brasília), no ginásio Wlamir Marques, localizado no Parque São Jorge, na zona leste de São Paulo (SP), com transmissão ao vivo pelo SporTV2.

No Jogo 01, o Paulistano contou com um primeiro quarto espetacular, vencido por 30 a 14. Depois disso, muito equilíbrio entre os dois times, que alternaram momentos bons e ruins ao longo dos 30 minutos restantes. Resultado, vitória expressiva do alvirrubro, por 99 a 82, e 1 a 0 na decisão da principal competição do basquete nacional.

Destaque para a bela atuação coletiva dos comandados de Gustavo De Conti. Ao todo, cinco jogadores atingiram os dois dígitos de pontuação: Deryk Ramos (23 pontos e 03 assistências), Fuller (20 pontos e 02 assistências), Lucas Dias (15 pontos e 06 rebotes), Jhonatan (10 pontos) e Elinho Corazza (10 pontos, 07 rebotes e 08 assistências). Pelo Mogi, os principais nomes foram: Tyrone (24 pontos e 04 rebotes), Larry Taylor (14 pontos, 08 rebotes e 03 assistências), Shamell (13 pontos e 04 rebotes), Caio Torres (11 pontos e 05 rebotes) e Jimmy Dreher (10 pontos e 08 rebotes).

“Nós treinamos normalmente nesta semana, como se treina para uma decisão, forte, intenso, duro e focado. Uma coisa que nos está preocupando é o fato de termos vencido o Jogo 1, que é algo duro de você trabalhar psicologicamente. Temos o exemplo da final do Campeonato Paulista de futebol, em que o Palmeiras ganhou o primeiro jogo, mas perdeu para o Corinthians, na NBA agora está acontecendo muito isso. É algo difícil, uma armadilha. O outro time vem mais forte após uma derrota. Eu venho falando bastante para os jogadores, quando eles cometem algum erro, para corrigirem agora, mas tentarem lembrar o tempo todo sobre o erro. A gente tem conversado sobre isso, precisamos estar fortes mentalmente, pois não pode haver acomodação”, analisou Gustavo De Conti, técnico do Paulistano.

Os 99 pontos anotados pelo Paulistano é de longe a maior pontuação sofrida pelo Mogi neste NBB CAIXA. Aliás, junto com seu arquirrival EC Pinheiros, o alvirrubro registrou as outras duas piores atuações defensivas dos mogianos, que lideram a competição no quesito (média de 71,05 pontos sofridos por partida), nas vitórias por 84 a 80 e 84 a 67, no primeiro e segundo turno da fase de classificação, respectivamente.

Porém, mais do que ninguém, o Paulistano sabe que não pode se deixar levar pela emoção de uma vantagem na série decisiva. Nas Finais da temporada passada, a equipe da capital paulista abriu 2 a 0 sobre o Sendi/Bauru Basket, mas sofreu uma virada histórica e acabou com o vice-campeonato.

“Precisamos nos manter focados. Em uma série que você precisa de três vitórias, o próximo jogo é sempre o mais importante. Então, vamos levar esta partida com mais importância até que o Jogo 1. Precisamos manter a concentração, sabemos que não ganhamos nada ainda. Temporada passada, a gente abriu 2 a 0 contra o Bauru. Eu penso muito nisso. Precisamos manter o foco para que não aconteça o que ocorreu ano passado”, comentou Jhonatan, ala e capitão do Paulistano.

Com um elenco experiente, o Mogi também sabe que nada está definido. Em momentos decisivos destes playoffs, nas quartas de final, contra o Banrisul/Caxias do Sul, e semi, contra o Flamengo, os comandados de Guerrinha conquistaram vitórias importantes fora de casa, determinantes para levarem o time pela primeira vez à decisão de NBB CAIXA.

“Acho que nossa atitude será diferente desde o primeiro minuto. Eu já havia passado para os jogadores que playoffs é uma corrida de 100 metros, você não pode errar no começo, no meio e é preciso finalizar com o peito estufado, se não você ainda pode perder, mas eu não consegui transmitir esta mensagem a eles. Agora, com o golpe que nós levamos, fica mais fácil de entender que em uma decisão no basquete, principalmente neste nível, é corrida de 100 metros. Você precisa fazer seu máximo, com o máximo de energia e foco, para você entregar o melhor possível”, afirmou Guerrinha, técnico do Mogi.

Apesar de uma rotação mais curta, o Mogi possui uma variação interessante, que deu muito certo nas séries anteriores. Quando necessário, Guerrinha pode utilizar um time mais pesado, com Caio Torres, um dos pivôs de maior destaque nos últimos anos no basquete nacional. Porém, o experiente treinador diz preferir uma formação mais leve, seja com Wesley executando a posição cinco, ou com Tyrone, dando espaço para Fabrício atuar como ala/pivô.

“Eu acho que a formação menor sempre é melhor. Ela te dá mais qualidade. As equipes brasileiras não sabem jogar com o pivô da posição cinco. O Paulistano é uma equipe alta, que se fecha bem e te proporciona os arremessos. No cinco contra cinco você precisa atacar bem. Se você tiver produção com as bolas de fora, você abrirá a defesa do adversário, e se você tiver qualidade para atacar, terá uma defesa melhor. No basquete você vai defender bem se atacar certo”, completou o comandante mogiano.

Caso o Mogi ‘dê o troco’ e também conquiste uma vitória como visitante, a série voltará para o Hugão, no Jogo 04. Mas, independente do resultado desta quinta, o Jogo 03 é mais do que confirmado. Ocorrerá no sábado (26 de maio), às 12h35 (de Brasília), novamente no ginásio Wlamir Marques, em São Paulo (SP), com transmissão ao vivo pela Band e pelos canais SporTV.

As partidas em São Paulo (SP) serão no ginásio Wlamir Marques, devido ao regulamento do NBB CAIXA, que prevê partidas das Finais realizadas apenas em ginásios com capacidade mínima para 4.000 pessoas.

Foto: João Pires/LNB
Foto: João Pires/LNB