por Marcel de Souza

Marcel de Souza
Marcel de Souza

Sonho Meu: A LDA chega ao seu momento final com três equipes brasileiras.

Eu não ficarei discutindo sobre o quadrangular da Venezuela porque o Brasília tomou de 13 pts do Flamengo quando poderia ter ganho ou pelo menos ter perdido de pouco.

O cenário do último jogo dava uma folga ao time do Rio de 24 pontos e obviamente a gente tem que contar com isso no planejamento de uma campanha vitoriosa.

A necessidade gera o esforço e o Flamengo tem que levar em consideração uma campanha dura, longa e difícil até o final da temporada.

O que me deixa irritado é ter que ver os venezuelanos escolhendo o adversário.

A lei do jogo existe e vai cobrar certas atitudes. Parabéns ao Brasília por ter chegado até as portas do final four.

Fica o sonho de ver quatro times brasileiros nas finais da LDA.

A NEW BALL GAME
Esse negócio do Curry chutar com 43% de mais de 8 metros de distância é o que os norte-americanos chamam de “curve ball”, ou seja, alguma coisa que ninguém estava esperando.

Stephen, que já estava fazendo das suas na temporada passada, nesta realmente pegou todo mundo com as calças nas mãos.

Muita gente me pergunta se ele trouxe de volta o basquete “de um passe e um arremesso” que minha geração perpretou com vantagens inusitadas.

Um certo revanchismo pairou no ar, mas não é nada disso. Curry criou um novo jogo.

O basquete tinha virado um esporte de isolamento, com jogadores altamente especializados.

Uns controlavam o jogo e mantinham a posse de bola até o último instante.

Outros, especializados no P&R, passavam o tempo todo a procurar alguém para fazer um corta-luz.

Reboteiros nascidos assim, pouco se importavam com outra coisa senão irem atrás da bola assim que ela fosse arremessada.

Tudo isso regado a jogadas e sistemas que mais que valorizarem, justificavam essas especialidades. Ao passar a linha de meio campo e se tornar uma ameaça real à defesa, Curry abre o campo e facilita o sistema de jogo de sua equipe, além deixar a defesa adversária sem opção “estudada” previamente.

Sim, afirmo e pergunto: Como defender um jogador assim? A NBA se especializou em buscar jogadores com físico privilegiado e especializá-los em alguma das categorias já citadas acima.

Curry não é nada disso.

Quem vence manda.

AS AVENTURAS DEL BIGODÓN NA EUROPA
Depois de seu tour anual na NBA para controlar seus pupilos e verificar in loco que terá muito trabalho pela frente, o nosso querido bigode se aventurou em terras europeias e conversou com prováveis convocáveis da nossa seleção.

A conversa, como sempre, gira em torno à disponibilidade do candidato a convocável em aderir ao jeito #soyelbigodon de ser, ou seja, “eu mando e vocês obedecem porque eu ganhei tudo e vocês não ganharam nada”.

Não que ele esteja totalmente equivocado, pois realmente ganhou quase tudo e não se discute aqui a sua capacidade.

Mas, temos que mudar sempre para continuarmos sempre os mesmos.

Depois de cinco anos por aqui, eu gostaria muito que o nosso querido bigode entendesse um pouco das nossas idiossincrasias e encontrasse uma alternativa que ele todos nós ficássemos satisfeitos.

Todo mundo sabe que precisaremos treinar muito e o nosso treinador é dos mais apropriados para isso.

A gente só queria que ele nos entendesse como país e povo e mudasse um pouquinho.

Será que dava?

REAL MADRID x BARCELONA
Fatos, que ainda dependem de confirmação, dão conta que duas grandes equipes de futebol estão prestes a voltar a ter time de basquete de alto nível.

Grandes patrocínios estão envolvidos e a participação dessas equipes na nossa principal liga seria apenas uma questão de bom senso e preenchimento de formalidades. Afinal de contas, quem não gostaria de ver os nossos ginásios lotados?

Uma delas tem uma história muito rica de títulos e ídolos e deverá ser dirigida por dois grandes jogadores do passado recente no nosso basquete.

A outra, também tradicional, revelou grandes jogadores de basquete em todas as épocas (não, não é o EC Sírio). Terá em suas fileiras um dos melhores diretores do ramo e será dirigida por um vitorioso técnico, que fará o retorno a suas origens.

Para se ter idéia da grandeza dos dois projetos, uma dessas equipes jogará no maior ginásio de esportes do estado.

O basquete brasileiro terá muito a ganhar com isso e dará largos passos a um outro nível de competição. Vamos torcer para que tudo dê certo.